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Luna Lovegood - Psicanálise de Freud



Luna ė um personagem que provoca, inicialmente, estranheza social aos que estão em sua volta. Suas frases quase sempre terminam nelas mesmas com algum humor non sense ou em algum silêncio constrangedor. Suas cenas parecem sempre se destacar do fluxo normal de personagens e do enredo. Luna é uma violação. Para analisar e pensar um pouco sobre a Luna Lovegood escolhemos a Psicanálise de Freud.


Luna tem uma leveza singular que beira certa irrealidade. Uma leveza que pode ter se desenvolvido como defesa para seus traumas: a morte da mãe, por exemplo. Luna desenvolve, assim, uma tônica que destoa do social e do simbólico vigente. Num olhar desatento e apressado, Luna poderia ser considerada psicótica, quando na verdade ela apenas revela uma transgressão que acomoda sua realidade e reconfigura seu Super-Ego. Podemos ver isso de duas maneiras: sua identidade visual e seus gestos e expressões faciais.


Sobre o primeiro ponto, sua identidade visual: ela é uma das únicas personagens que mostra roupas variadas e vistosas: uma fantasia de leão em um momento casual, um vestido prateado em um evento de gala e uma roupa roxa quando Voldemort está em atacando Hogwarts numa guerra feroz no último filme. Ela comunica visualmente sua identidade descontraída, despojada e dissidente.


Em segundo lugar, seus gestos e expressões. Luna anda saltitando como uma criança bastante feliz. O seu sorriso, pode ser direcionado a toda existência e não a uma pessoa específica, como se fosse um sorriso existencial quase religioso e desprendido da realidade.


Tudo isso parece indicar uma desconexão com a realidade e uma possível psicose. Na verdade, o Super-Ego de Luna não compartilha de alguns valores do mundo bruxo. O Super-Ego é construído socialmente e o da família Lovegood é destoante. Isso fica claro com o marginalizado jornal da família, o Pasquim. Os Lovegood sempre pensaram diferente e Luna leva isso às últimas consequências.

Um último exemplo pode ilustrar bem a peculiaridade e divergência de Luna. No final do quinto filme Luna perde as coisas e diz que foram os Narguiles que roubaram e não demonstra maiores preocupações. Depois de encontrá-los, em vez de pegá-los imediatamente, diz: "Acho que vou comer um pudim". Luna diverge do previsível e do esperado.


Luna é como um limbo encantador, em que o tempo, espaço e a narrativa dos filmes parecem estar temporariamente suspensos. Luna é um repouso para a fadiga da jornada do herói e uma nova perspectiva. Luna é uma fala psicose e uma grande iluminação.


 
 
 

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